quarta-feira, 15 de julho de 2009

Carne Morta


Já era um pouco mais de meia-noite quando a policia ligou, coloquei as roupas que achei e corri para a cena do crime. Sua família estava toda reunida, seu pai estava chorando muito e dando água para Dona Juliet. E, com condolências, seu irmão pegou em meu ombro e levou-me até o local do crime, dei alguns passos no meio daquele monte mato e vi seu corpo, fiquei chocado com tudo. A verdade caía, minha amada estava morta. Lacrimejei, mas lágrimas profundas de amor não conseguiram cair...

Tirando a Persona:

- Puta que pariu! Quem me ligaria uma hora dessas?
- Sou da policia senhor!
Sempre quis matar esses porcos imundos, mas quando ele me deu a noticia fiquei bastante curioso. Não é todo dia que tenho a violência tão próxima de mim...
Quando cheguei aquele lixo, vi todos os retardados choramingando. Odiava sua família, Mary era uma ótima namorada, fodia legal e sempre limpava meu apartamento. Bom, não era lá essas coisas de bonita, mas tinha sua utilidade. Olhei para seu pai, como odiava aquele bastardo, nunca queria me emprestar seu carro para levar a filhinha dele pra sair. Seu choro dava-me muito gosto. Quando olhei para sua mãe, ai sim, senti um pouco de pena, afinal ela também me servia bem. Eu vivia na sua casa e algumas vezes enquanto Mary tomava seu banho, ficávamos um pouco mais íntimos. Eu adorava meter a mão no meio de suas pernas e amaciar sua xana. Ela apertava com força minhas calças quase morria de tesão, quando ouvíamos o fechar da torneira, separávamos-nos e refazíamos nossas caras apáticas. Ver Juliet em tal situação, deixava-me um pouco pra baixo, mas também me sortia um pouco de tesão. Puta que pariu! O nojentinho do seu irmão tocou em meu ombro. Não sabe conversar sem tocar em mim? Senti vontade se socá-lo até sangrar como um porco. Ele foi me empurrando e o ódio somente aumentando, porém quando vi o cadáver, o ódio foi moldado em algo bem diferente e bem mais interessante.
O corpo estava estirado lateralmente, com um braço quase que cobrindo sua região genital. Um cheiro de pobre tomava o lugar e tudo isso começou a gerar um pervertido fascínio em mim. Olhava para seu corpo deteriorado, via alguns hematomas na região da face, tudo indicava um violento espancamento. Tinha furos de bala na região do abdômen e seus punhos estavam muito feridos. Fiquei fascinado, olhei para seu corpo e sentia muito prazer, o suposto amor que sentia Só agora, percebi que tudo falso. Somente queria a carne, os prazeres carnais que ela poderia me oferecer e pensava que mesmo depois de morta, ela poderia continuar me oferecendo tais prazeres. Agachei-me ao lado do corpo, e passei de leve a mão em sua face, o porco fardado disse q eu não encostasse, mas desobedeci. Passei a mão em seu deformado rosto, e, junto a sua boca, havia um pequeno verme saindo. Parecia que brotava de dentro dela. Peguei-o de leve e disfarçadamente coloquei a mão em meu rosto, simulando choro, passei a mão em minha boca e coloquei-o pra dentro, senti seu sabor, era o gosto da morte e de todo o sofrimento que ela havia passado. Todo aquele mau cheiro parecia só me incentivar a cópula. Sentia vontade de tomar aquele corpo e transar com ele por uma última vez, era como foder a morte. Ter o prazer da necrofilia, o prazer da carne morta. Tive de me conter, passei a mão em seu busto, querendo descer para sua vagina. O desejo era grande, mas não podia me render. Saí de perto do corpo, fingi algumas lágrimas e fui para perto de seus malditos familiares. Ficamos por lá, até os legistas levarem o corpo. Era difícil fingir tristeza no momento mais excitante de minha vida. Fui para minha casa me preparar para o velório, abri a porta de meu desorganizado apartamento e fui a até a geladeira, peguei meia garrafa de vinho que me sobrava, acendi um cigarro e sentei-me no sofá.
Agora eu tinha uma nova vida. Finalmente solteiro e pronto para um novo ataque, as unhadas daquela vadia ainda doíam em minhas costelas, quase uma semana e ainda não havia limpado o sangue. Já havia me livrado de meu velho revolver e bastão de baseball. Lembrei-me de tudo que havia acontecido, todo aquele desentendimento e tudo mais que rolou.
Fiquei fascinado pelo cadáver. Se eu soubesse da beleza da morte, não o teria jogado no matagal, mas era só minha primeira vez. Eu tinha um longo caminho pela frente. Lá pelas sete da manhã, já estava esperando meu jornal diário. Ouvi a campainha tocar e olhei pelo olho mágico. Era meu velho jornal, só que no lugar do patético entregador, uma formosa jovem o segurava...

Ass: Mattüs

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