quarta-feira, 15 de julho de 2009

X³ + 4y = J.E.S.U.S. (Jeová Estuprador Satânico e Unificador da Sacanagem).**


Nas entranhas de minha sobriedade, resolvi entrar no ritmo da psicodelia anal e efetuar um simbólico atentado ao reto da minha linda donzela. Fui tomado por um sumo horror: enquanto meu indicador passeava entre suas nádegas, senti a ausência do pomposo orifício. E entre as lágrimas recheadas com catarro, ela me declama sua deficiência e recita o terrível hábito de vomitar suas fezes moles. Fui tomado pelo espírito da depressão, meus traumas eram muitos – meus pais tinham o terrível hábito de me obrigar a transar com nossa empregada Chica, doce mulher de 112 quilos e muitas verrugas genitais, por puro requinte de crueldade – e não agüentaria mais tanta pressão, resultado: caí de cara no lisérgico. Comecei a esquecer de minha existência e a delirar profundamente.
Abri meu olho esquerdo e senti o perfeito cheiro da verdade. Estava mergulhado até a cintura em uma piscina cheia de fezes e vômito. Notei muitos padres ao redor pedindo uma certa clemência. Por que sair de tão maravilhoso lugar? Uma terrível dúvida me corroía as entranhas, até que comecei a sentir um forte prazer em meu mijador ejaculatório, enfiei minha pura mão na merda e logo puxei uma solução: um estranho homem de uns trinta centímetros pregado em uma cruz de madeira podre. Tinha uma cara assustada e carente, barbas molhadinhas e pequenas mãozinhas sebosas. Ele me olhava com seus pequenos glóbulos solitários. Gritava histérico, chama-me de Pai e pedia o perdão de todos os seus brothers. Dúvidas e mais confusão, não entendia mais nada em toda essa porcaria. E pela mais sacana falta de certeza, resolvi enfiá-lo em sua origem e deixei que continuasse o bom serviço. Sentia sua boquinha torta chupando meu fodedor barato, ele passava a língua no cancro com muita delicadeza, fazendo brotar o orgasmo de meu ser... Eu estava no ápice da vida, o gozo eminente, a suprema chupação cristã, novos delírios de esquecimento e, finalmente, fui devorado para uma nova dimensão...
Ergui a vista e uma linda ninfeta estava chorando em meu colo. Eu estava banhado em catarro, ele escorria em meu corpo, dando-me todo um brilho viscoso e sexy. Pedi que a mocinha se acalmasse e cortasse seu inútil choro. Observava seu belo rosto tomado de acnes, percebi um certo amor por sua pessoa e a beijei. O sabor do catarro distorcido com sua saliva acalentava meu sofrimento... Senti algo diferente em sua boca, parecia brotar de sua garganta. Puxei com a língua e senti um gosto travado – sabe quando você come bananas verdes e o sabor trava em sua língua? Praticamente a mesma coisa – e quando menos esperei, vomitou em mim suas fétidas fezes magras. Todo o amor que eu sentia agora estava resumido em merda, conclusão: fiquei mentalmente excitado. Agora precisava ativar a prática, por isso tomei alguns afrodisíacos (lindos comprimidos azulados e infartantes). Efeitos defasados, narcóticos suplementares, comprimidos antiparanóia tramando contra seus usuários e a mulher em meu colo começou a ficar embaçada e eu deliri... Esquec... Ahhh...
Uma aleluia para a clareza, uma nitidez verossímil: estava mofado em frente de meu PC escrevendo um pseudotexto de anti-arte quase moderna para um fanzine fracassado... Seria este o meu lado consciente? Nunca saberei a verdade (inútil acordo entre pobres mentirosos). Sinto-me lisonjeado por estar num mundo real e desejo despejar todas as minhas impurezas terrenas. Logo, sento-me no meu vaso dourado para o descarrego fecal* e estranhamente começo a vomitar...

*Quando os movimentos de massa conseguirem deslocar o conteúdo cólico para o reto, ocorre um tipo especial de reflexo, o “reflexo de defecação”.

Ass.: Mattüs

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