quarta-feira, 15 de julho de 2009
Vermes Enfermos (Molestando Niños Muertos)
Acordado pela falta de calmantes, nem os vermes recém-nascidos em minha pia, traziam-me aversão... Mas o barulho ensurdecedor dessas malditas crianças estava preenchendo meu cérebro com as mais puras idéias escatológicas... A decadência de meu ser havia se tornado uma suprema virtude: para a felicidade, duas pílulas pela manhã e, para retornar ao estado mórbido, um pequeno comprimido vermelho pela noite. Bem, mas a vontade de descarnar meus pequenos semelhantes, ainda bem, essa continuava instantânea. Há dias sem saber o que era comida, pelo menos lembraria dos prazeres de minhas diversões sádicas.
Um pouco de raciocínio lógico, eu enquanto me deliciava sentindo a textura divina daqueles nobres vermes que cultivei: remexiam-se em minha língua, tentando escapar, mas eu era um verme maior e, esmagava suas carcaças anelídeas com meus dentes podres. Vidas eram cessadas tão facilmente, e, não seria uma mera criança, diferente de meus queridos semelhantes, cultivados em meio à podridão de minha existência. Apareci sorrateiramente na janela e avistei um garotinho loiro, de uns cinco anos. Ele estava com uma bola de futebol nas mãos e sorrindo para seus companheiros. Avistava sua brincadeira, sua felicidade ao entardecer, e que para minha sorte, todos os seus amiguinhos iam desaparecendo. Restando apenas ele e seu singelo brinquedo, eu também havia achado meu brinquedo favorito. Uma antiga furadeira elétrica, em minha caixa ferramentas, seria o suficiente para criar a perfeita mutilação...
Abri minha janela, e do longínquo horizonte, fiz um gesto chamativo com meu indicador... Ele apontou para seu inocente coração, questionando o chamamento. Repeti a convocação com a mão e ele veio como bom garoto que era... Deixei a porta aberta para sua entrada triunfal. Escondido atrás da porta com a furadeira em mãos, e somente esperei sua sombra atravessar a sala para trancar a porta e aprisionar sua alma em minha felicidade. Simplesmente, olhando-me com cara de assustado, não teve muita escolha: empurrei-lhe contra a parede, tapando sua boca, e liguei meu singelo brinquedinho... Expus aquela sensacional broca ligada em sua face. Ele me mordia com força, fazendo o sangue escorrer de minha mão, mas mal sabia ele que seja de quem fosse o sangue, isso só aumentava meu prazer. Mirei em seu olho esquerdo a uma distância de mais ou menos um metro, e fui aproximando a broca ligada, paulatinamente... Adorei me divertir: aproximava a broca rapidamente e depois afastava, era fabuloso o terror em seus olhinhos puros. Suas lágrimas se misturando ao meu sangue davam um impulso ao sentimento necessário para, perfeitamente, eu sentir seu sangue espirrar em meu corpo e perfurar seu olho, crânio e puros miolos... Aquele barulho ensurdecedor da furadeira perfurando sua carne era música para meu torturado juízo...
Larguei seu corpo se debatendo no chão, desliguei a furadeira e olhei para a sua ponta banhada em sangue... Suavemente passei a língua em sua ponta, para sentir o sabor de seu sangue inocente... Que Deus aguardasse mais um anjinho, uma pobre alma, mas a carne seria toda minha, todinha minha... Deus ficaria com seu espírito santo e eu com toda a sua santa carne mutilada... Tirei suas roupas ensopadas de viscoso sangue e observei aquele novo cadáver pronto para ser profanado... Profanação esta, que seria sadicamente perfeita, pois minha furadeira já estava religada e a apenas cinco centímetros de seu anus cheio de pregas...
*Náuseas: É apenas um rascunho-lixo. Esse texto foi feito com bastante preguiça, e realmente com crianças jogando futebol na rua. Não temos suspense, nem idéias tão bonitas. Fica aqui, simplesmente, uma impressão: acho que tenho antipatia por crianças...
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